A eleição realizou-se em Natal a 11 de novembro de 1822 compreendendo dezoito eleitores. Foram escolhidos:
1 – Dr. Antônio de Arruda Câmara
2 – Dr. Tomáz Xavier Garcia de Almeida – suplente
Antonio Arruda era paraibano, doutor em Medicina pela Universidade de Coimbra e grande proprietário no Paincó. Era irmão do naturalista Francisco de Arruda Câmara. Em 1778 não tinha títulos e assinava-se. (ANTÔNIO DE ARRUDA CÂMARA JÚNIUOR (João de Lira Tavares) “Apontamentos para a História Territorial da Paraíba”). Quarenta e quatro depois, quando foi eleito, deviam ser de idade provecta. Não compareceu à Assembléia.
O Dr. Tomás Xavier Garcia assumiu a 25 de outubro de 1823 e votou sempre ao lado do Governo. Assistiu a dissolução da Constituinte a 12 de novembro de 1824
.5pt;�Mlrp� �� Padre Gonçalo Borges de Andrade
O padre Antonio de Albuquerque Montenegro era vigário de Goianinha pelo menos desde 1802. Cavaleiro da ordem de Cristo. Grande elemento animador da revolução de 1817 junto ao Coronel Andre de Albuquerque Maranhão. Pronunciado a 13 de setembro de 1818 ocultou-se não sendo preso. Só reapareceu em 1820 quando os revolucionários regressaram da Bahia, indultados. Viajou para Lisboa onde se encontrava em princípios de agosto de 1822, mandando seu diploma às Côrtes Gerais. Extraordinárias e Constituintes da Nação Português que o declarou válido, convidando seu portador a assumir, 16 de agosto de 1822. A 16 escreveu informando não comparecer por “se achar muito incomodado coma viagem”. A 19 declara que o estado de sua saúde não lhe permite o desempenho do mandato. Na sessão a 25 as Côrtes votaram um parecer convidando-o assumir e depois demitir-se ou licenciar. Montenegro não respondeu e voltou ao Brasil. Reassumiu sua paróquia. Faleceu a 8 de dezembro de 1840.
Afonso de Albuquerque Maranhão não viajou. Estava ligado à política de Pernambuco e não do Rio Grande do Norte. Fez parte da Convenção de Beberibe que motivou a saída do governador de Pernambuco, general Luiz do Rego Barreto. Presidiu a “Junta dos Matutos”, que fez aproximação decidida com o governo imperial, atenuando os exageros nacionalistas locais. Foi o primeiro Senador do Rio Grande do Norte no Império (1825) embora colocado no terceiro lugar, com 21 votos. Faleceu a 10 de julho de 1836.
O padre Gonçalo Borges de Andrade. Ordenado em 1815, sendo Vigário do Apodi e da serra de Martins onde sempre residiu, envolvido na revolução de 1817 fugiu para a vila de Sousa, na Paraíba, onde foi preso e enviado para a cadeia pública da Bahia. Foi solto a 17 de novembro d 1820. Não compareceu às sessões da Côrtes de Lisboa. Faleceu em Martins em data ignorada.
A data da eleição às Côrtes de Lisboa realizada em Natal é de dois de dezembro, segundo, documentos autênticos que o saudoso pesquisador Luís da Câmara Cascudo (18968 – 1986) leu no arquivo do IHGRN-Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, com sede em Natal, ou oito, segundo a ata das Côrtes em 16 de agosto de 1822.
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