9ª LEGISLATURA – 1971/1975
1 – Henrique Alves – 1º mandato
2 – JERÔNIMO VINGT ROSADO MAIA
3 – Djalma Aranha
4 – Antonio Florêncio de Queiroz
ANTÔNIO FLORÊNCIO DE QUEIROZ - Nasceu em Pau dos Ferros, a 21 de março de 1926. Filho de João Florêncio de Queiroz e de Dona Francisca Alzira do Rego, era o quinto de uma prole de 10 filhos.Como os pais eram de poucos recursos financeiros, e como fazia parte de uma família numerosa, teve que, logo cedo, criança ainda, iniciar na lide, ajudando no orçamento familiar.Trabalhou na roça mesmo, pegando na enxada para plantar a terra, e, com agricultura de subsistência, ajudar a manter a família, comercializando, o que sobrava, na feira livre de Pau dos Ferros.Na adolescência, trabalhou como ajudante de pedreiro, tendo no seu irmão, José Florêncio, pedreiro e mestre de obra conceituado, o grande incentivador e instrutor da profissão que abraçava. Porém, como sempre demonstrava grande vontade de crescer profissionalmente, começou a estudar. Deixou a profissão de ajudante de pedreiro e foi trabalhar na firma Tertuliano Fernandes, em Mossoró, como auxiliar de serviços gerais. Em seguida foi transferido pela firma para trabalhar no escritório do Rio de Janeiro. Contínuo – auxiliar de serviços gerais – mas estudante, tentando ganhar conhecimento e cultura.a Escola Técnica de Comércio Cândido Mendes, a Academia de Comércio do Rio de Janeiro (1952). Tornou-se Bacharel em Ciências Econômicas pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro (1956).De funcionário de serviços gerais, foi galgando promoções até chegar à Presidência da firma que lhe dera a mão no início da sua vida profissional. Empresário, com largo conceito no setor industrial, voltou-se para o seu Estado de origem, onde implantou várias fábricas e salinas, gerando emprego e renda para os seus conterrâneos. Daí foi angariando a simpatia e o reconhecimento dos seus conterrâneos, que o lançaram candidato a Deputado Federal.Eleito Deputado Federal, com expressiva votação – principalmente dos eleitores da Zona Oeste do Estado, e mais especificamente, dos eleitores de Pau dos Ferros, seus conterrâneos, que, maciçamente, sufragaram o seu nome - iniciou a sua luta incessante em prol do desenvolvimento sócio-econômico do Rio Grande do Norte. Acreditava na fábrica de barrilha como capaz de amenizar a pobreza do nosso Estado. E para isto muito lutou.Grande responsável pela execução do porto ilha de Areia Branca. Vislumbrava um porto marítimo em alto mar que teria a capacidade de, agilizando o carregamento de um navio, ajudar às indústrias na comercialização do sal. Essa operação, que antes demorava de 15 a 30 dias, dependendo da capacidade de carga do navio, com o advento do porto ilha, passou a ser realizada em 24 horas. Foi o grande batalhador para que o asfaltamento da BR 405 – espinha dorsal da Região Oeste do Estado - se tornasse realidade. Via nessa rodovia o grande escoadouro das riquezas e produtos da região em que nascera, bem como sabia que aquela rodovia asfaltada iria trazer inúmeros benefícios ao povo da Zona Oeste do Estado, uma vez que facilitaria em muito os deslocamentos, não só para as cidades circunvizinhas, mas, e principalmente, para Natal, a Capital do Estado. O hoje promissor mercado de camarão, com a criação em viveiros - as fazendas de camarão – e que tem o Rio Grande do Norte como o grande produtor nacional, gerando divisas para o País, originou-se no Governo de Cortez Pereira, tendo o Deputado Antonio Florêncio como o grande incentivador, que chegou, inclusive, a levar técnicos potiguares a adquirir “know-how” no Japão e Filipinas, à época grandes produtores de camarão.Elegeu-se Deputado Federal por quatro legislaturas, consecutivas, de 1971 a 1987. Foi representante da Indústria Salineira do Rio Grande do Norte no Grupo de Trabalho criado pela SUDENE, em 1961, para estudar a reorganização das cheias daquele ano. Membro do Conselho Fiscal da Confederação Nacional da Indústria - CNI – (1968/1971); Vice-Presidente do Sindicato da Indústria de Extração do Sal do Rio Grande do Norte; Representante da Indústria Salineira do Rio Grande do Norte no Grupo de Trabalho, criado pelo Presidente da República, junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, para exame dos problemas pertinentes à produção, consumo, transporte e racionalização do sal, em 1965; executor do convênio firmado entre o Ministério dos Transportes e o Sindicato da Indústria de Extração do Sal no Estado do Rio Grande do Norte, pelo qual foi criada por lei a Comissão dos Terminais Salineiros. Secretário Geral da Associação Brasileira de Extratores e Refinadores de Sal – ABERSAL; membro da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar as causas do retardamento das soluções para o aproveitamento de combustíveis não derivados do petróleo; membro da comissão especial que prorrogou os mandatos dos Prefeitos e Vereadores, em 1980; membro da Comissão de Transportes, Comunicações e Obras Públicas e suplente da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas (1971); 4º Suplente da Mesa (1975/1977); Vice-Presidente (1973, 1978 e 1980) e membro (1975, 1979 e 1981 ) da Comissão de Ciência e Tecnologia; suplente da Comissão de Ciência e Tecnologia; suplente da Comissão de Agricultura e Política Rural (1983) da Câmara dos Deputados. Realizou viagem de estudos sobre métodos de produção e transporte de sal, à Europa (1962), aos EUA (1964) e às Bahamas (1967), bem como à França e à Tunísia. Fez viagens também à Áustria e à República Popular da China (1976).Foi condecorado com a Medalha de Ouro de Personalidade do Ano na Indústria; com a Medalha Câmara Cascudo (1970) e foi agraciado com a Medalha Ordem do Ipiranga – do Estado de São Paulo, no grau de Grande Oficial.Homenageado por quase todos os Municípios do Rio Grande do Norte. Em quase todas as Cidades do nosso Estado há uma escola, uma rua, um colégio ou uma avenida com o nome do Deputado Antonio Florêncio. Em Natal foi-lhe dado o nome a uma artéria das mais importantes. A famosa “rota do sol”, que dá acesso às praias do litoral sul da nossa Capital chama-se “Avenida Deputado Antônio Florêncio” Faleceu a 10 de abril de 1991, no Hospital Pró-cardíaco, nacidade do Rio de Janeiro - RJ, com 65 anos de idade, deixando viúva adona Neuza Casares de Queiróz, sua companheira durante 38 anos decasados. Do casamento houve dois filhos, a saber: Tânia Maria Casaresde Queiróz e Antônio Florêncio de Queiróz Filho. O seu falecimento, precoce, trouxe uma lacuna muito grande para a política nacional e local, principalmente para a Região Oeste do nosso Estado, uma vez que se perdeu um político honesto, trabalhador, empreendedor, e, acima de tudo, empenhado em buscar o desenvolvimento industrial, social e o bem estar do seu povo, dos seus conterrâneos.O Deputado Antônio Florêncio de Queiroz foi um homem público que deve sempre ser lembrado com respeito e consideração pelos norte-rio-grandenses. Ele foi o homem público que via sempre adiante os caminhos do futuro do nosso Estado.
5 – Grimaldi Ribeiro de Paiva
6 – Pedro de Lucena Dias
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